domingo, 15 de dezembro de 2013

RECORDAR E VIVER O AMOR PERPÉTUO

“RECORDAR É VIVER”  


24 DE JUNHO DE 1985, dia de “ San Jon” , ficou computorizado na memória de MCM e de ASO como dia de PROIBIÇÃO DO AMOR, na Província Federativa do Norte (João Galego, Fundo das Figueiras e Cabeça dos Tarafes ) da Republica de Bubista, membro de União Federativa da Republica de Cabo Verde. 

A seguir às atividades religiosas, as duas almas (mcm e aso) deambularam de mãos dadas, pelas ruas profanas de Fundo das Figueiras, a Capital da Província de São João Baptista, ilha de Bubista, em honra ao santo padroeiro do Norte da Ilha das Dunas Cristalinas, contemplando a paisagem festiva, fazendo uma ou outra parada em casa de amigas, para solver a tradicional canja de "kapod". 

À tardinha, a bordo de único camião da Câmara Municipal de Bubista (CMB), conduzido por Paz de Nha Bili, rumaram à Cabeça de Tarafes, torrão natal de MCM, tendo desembarcados à frente de casa do Sr. Sabino de Bilinha (SB), paragem obrigatória para os forasteiros apresentarem o Visto de Entrada. Em seguida marcharam, a Passos Ordinário, ao Palácio Real da Princesa, para um pedido de mão de franguinha. A Rainha Tarafeana, que aguardava a cabrita “desenfiada” (fugitiva) , aflita à “Porta de Armas, com medo de perder a posse útil da donzela, permitiu a entrada do TUBARÃO AZUL da ilha de Viana (Bubista), com uma pedra na mão. 

O S ( “sen pel na kara” ), contra a vontade de D. Tarafeana, aceitou o convite de MCM de ancorar para reabastecer de comestível (“kafé di Fogu, xa de mot de Santanton, let i kej de kabra, bulaxa suzuda de ka Mône Marine , kek de Juzefa, kamoka, midje de terra alhod, txitxorre sek asod, kaskuz de putona, fungin de midj / fdjoz , koke d`arbaton” , etc...) como pretexto para desferir um tiro certeiro ao alvo camuflado de tarafes, à "barba cara" de Rainha de Tapume. 

Enquanto esperavam ser servido o lanche da tarde, na Sala de Visita, o Leão Olisanto e a Gata de Arvatão, longe das antenas de Dona Tarafeana, debateram sobre os princípios básicos do Pacto de Capitulação que, devido a uma aliança de ouro soviético encravada no anelar esquerdo de A, ficou adiada a capitulação, sem data marcada. Em contra partida, assumiram um “acordo de cabreiro” de realização de um novo encontro em território neutro ( “Spingera” ), vigiado pela Junta da Salvação dos Namorados (JSN) de Cidade Sal Rei, a Capital da República Federada, para a assinatura o referido Pacto de Capitulação. 

Mesa posta, ASO dirigiu-se à sala de jantar, ao lado de PM, para devorar a merenda e meter uma colherada, sendo possível, no prato de MCM , desejosa de entregar a carne real ao leão esfomeado, famoso em artes de caça às formiguinhas da República Federativa de Bubista. Estância de Baixo e Rabil, duas praças da proeza desse TUBARÃO AZUL! 

Da sala de jantar, onde era servido os lanches de ocasiões, em coluna fileira, a passos de revista, PM e AO, dirigiram-se à Sala de Conferência ( Visita ) para traçar uma estratégia para o baile da noite, na “DISCOTECA”/Salão de Nha Sabino de Bilinha.

 A Madame Tarafeana, consciente do perigo que corria a donzela, em cumplicidade com os habitantes domesticados de tapume ( galinhas, galinhas de mato/guiné, corvos, pombas e pardais; cabras, vacas, bestas, éguas e porcos; lagartixas, formigas, baga-bagas, grilos, etc...), mandou contratar o Cabo do Tapume (o Natão ) e mais outros tantos capangas, para proteger a bezerra, nessa noite diabólica de caça, das manobras perigosas do “bonzamig” , especialista em operações de assalto aos corações indefesos da Republica. 

Cerca das 22h00, o salão a arder das irradiações de Petromax e de poluição sonora de PICAPE, os bailarinos da noite, sempre vigiados por olheiros (pais ou irmãos) e por Guarda-costas armadas de armas convencionais ( kafukas, lamparinas, binóculos, catanas, manducos, matracas, fundas, cordas, etc.), entraram em luta de corpo e alma até ao romper do sol. 

PM e AS, surpreendidos perante a supremacia do inimigo entrincheirado no campo de batalha (pista de dança), alteraram o plano de combate, recorrendo às coladeiras, ao fundo da sala, para ludibriar a emboscada montada pelo genial “Cabo do Tapume “da Corte Real, treinado nas Milícias Populares pelo General de Barras de Saia. De se recordar que no reportório do DJ – Nha Sabino, raro eram as mornas! A princesa da noite, rodeada de guarda-costas e de espiões (CIA e KGB), equipados para o combate noturno, encomendados pela rainha do império de Tarafe, compreendendo a mudança brusca da situação, também, mudou  de táctica para despistar as capangas contratadas pela dona B de B, que não a deixava enlaçar ao pescoço do Capitão do Amor, trocando de par, ou indo à varanda frequentemente, fingindo apanhar ar fresco. 

Noite adentro, antes da “ ORA DI BAI ”, o salão ainda repleto de almas embriagadas, pela musica a rachar o telhado e a bloquear as investidas dos pombinhos enamorados, e das irradiações de petromax a arder o palco, brilhando como o Sol ao meio-dia, AS “SARIDJANDU ” e cantando ao ouvido de MCM, fora dos radares dos espiões pagos, rodando de um lado a outro, como o Farol de “ Mor-Nego”, aproveitou uma das raras mornas para desferir uma rajada de beijo ao rosto rasado da meldade de olhos mortos como “puta na gata“, a estremecer de desejo e medo de ser apanhada em flagrante delito, para não ser condenada a 100 chibatadas e apedrejada na Praça dos Namorados, situada no centro da cidade de Tarafe.

Depois dessa ofensiva (investida) impopular, o estrangeirado cumpriu à risca o ditado popular que diz : "todo o cuidado é pouco" aos binóculos de Natão, o eterno e terrível Cabo do Tapume, treinado nas MP da República de Camarada, pelo então Comandante em Chefe de “Barras de Saia “, o General de “ Boina Preto “da ilha berço das mornas.

Taticamente retiraram da Linha de Frente, passando à Retaguarda (indo à varanda ou ao bar) com a missão de :

1- Reagrupar as Forças e Meios para organizar e consolidar a posição; 
2- Registar os prováveis danos colaterais ; 
3-Fazer a manutenção do equipamento bélico não convencional e reabastecer;

Apertado o cerco, chegaram ao consenso de fazer um recuo estratégico para o assalto final, à hora H, do dia D, longe das antenas dos espiões de Tarafes , na Cidade Capital da República Federada - Porto de Sal Rei ! 

Cabeça de Tarafes, ilhéu da República de Bubista, situada na província federativa do Norte, a seguir a Fundo das Figueiras, mergulhada numa profunda CRISE DE FÊMEAS, desde os anos 60, luta para salvar uma barra de saia desse fenômeno MIGRAÇÃO, que vem condenando as meldades ao exílio forçado. Umas, por falta de recursos, saíram à procura de vida melhor no território nacional ( Djadsal, Sonsent e Praia Maria), outras, em busca do tesouro de ouro, partiram em massa para a terra longe (Portugal, Itália, França e Espanha). MCM não resistiu a essa tentação de partir, tendo, mais tarde, aterrado a República de Djadsal, onde pariu a primeira cria (LuKi), antes de arrumar a mala com destino para Portugal, onde viria a ter mais duas cabritas (AN e AR), seguindo a tradição de Tarafes cantada pela Gaby Star de "Djalunga" : "mnininhas de tarafe kre so pari fema...".

Boa Vista, 27 de Junho de 1985 

Olisanto Nateliza Nobre 


OBSO texto REVISTO 13/11/14 







ROMARIA DE SÃO JOÃO BATISTA EM BOAVISTA


24 DE JUNHO DE 1985

“ San Jon” de 1985 ficou computorizado na memória de MCM e de ASO como o dia de AMOR PROIBIDO na Província Federativa da Região Norte ( João Galego, Fundo das Figueiras e Cabeça dos Tarafes ) da União da Republica Federada de Bubista.
PM
Depois das actividades religiosas as duas almas deambularam de mãos dadas, pelas ruas profanas de Fundo das Figueiras, a Capital da Provincia de São João Baptista, ilha de Boa Vista, em honra ao santo padroeiro do Norte da Ilha das Dunas Cristalinas, contemplando a paisagem festiva e fizendo uma ou outra parada em casa de amigas para solver a tradicional canja de "kapod".

À tardinha, a bordo de um camião da Câmara Municipal de Bubista (CMB) rumaram à Cabeça dos Tarafes, torrão natal de MCM, tendo desembarcados à frente de casa do Sr. Sabino de Bilinha, paragem obrigatória para os forasteiros apresentarem o Visto de Entrada. De seguida marcharam a passos ordenário, ao Palacio Real de Tarafes para um pedido de mão... A Rainha, que aguardava aflita o regresso de cabrita fugitiva (“desenfiada”) à “ Porta de Arma “, desde ao nascer do sol, sem saber como proteger a donzela do tubarão azul da ilha de viana, não deu chance à pretendida aliança.

S aceitou o convite de MCM de ancorar para reabastecer de comestível ( xafé di fogu, xá d mot d sintanton, let i kej d kabra, bulaxa suzuda d “ môn marin” , “kek”, kamoka, midj ilhod i txitxorr salgod asod, "kaskus d putona" , funginh d midj / fdjoz , kok d arbaton , etc...) como pretexto para desferir um tiro certeiro ao alvo camuflado de tarafes, à "barba cara" de Rainha de Tapume.

Enquanto esperava a ser servido o lanche da tarde, na Sala de Visita, o Leão Olisanto, longe das antenas de Dona Tarafe, trassou com a Gata de Arvatão os pormenores do Pacto de Capitulação. Mas devido a uma aliança pregada no anelar esquerdo de S, ficou adiada a assinatura sem data marcada. Assumiram um “ acordo de cabreiro” de realização de um outro encontro em territorio neutro, sob os auspícios da Junta da Salvação Nacional (JSN) de Cidade Sal Rei, a Capital da Republica, para a assinatura o referido Pacto.

Mesa posta, dirigiu-se à sala de jantar para devorar a merenda e meter uma colherada, sendo possível, no prato de MCM , desejosa de entregar a carne real ao leão esfomeado, famoso em artes de caça às forminguinhas da Republica Federada de Bubista. Estância de Baixo e Rabil, duas praças da proeza de ASO.

Da sala de jantar, onde era servido os lanches de ocasiões, em coluna fileira, a passos de revista, PM e AO dirigiram à Sala de Conferência/Visita para traçar as estratégias do baile da noite no Salão / “DISCOTECA” de Nha Sabino de Bilinha.

A Madame Tarafe, consciente do perigo que corria a donzela, em cumplicidade com os habitantes domesticados do tapume ( galinhas, cabras, lagartas, vacas, bestas, éguas, corvos, porcos, pardais, lagartijas, formingas, baga-bagas, etc...), mandou contratar o Natão e mais outros tantos capangas para proteger a bezerra das manobras perigosas do “bonzamig” , especialista em operações de assalto aos corações indefesos, nessa noite diabolica de caça.

Cerca das 22h00, com o salão a arder das irradiações de Petromax e de poluição sonara de musica do DJ improvisado ( Sr.Sabino ), os bailarino(a)s da noite vigiados por olheiros ( pais e irmãos) e de guarda-costas ladeados de armas convencionais ( binóculos, catanas, manducos, matracas, lamparinas, fundas, cordas, etc.), entraram em luta corpo e alma.

PM e AS, surprendidos perante a supremacia do inimigo entrincheirado no campo da batalha ( pista de dança ), alteraram o plano de combate, recorrendo às coladeiras ao fundo da sala para ludibriar a emboscada montada pelo genial “Cabo do Tapume “ da corte real, treinado nas MP pelo General Barra de Saia, em detrimento das raras mornas do reportório do sr.SB.

A princesa da noite, rodeada de guarda-costas e de espiões (CIA e KGB), encomendados pela rainha do imperio de Tarafe, preparados para o combate à noite, compreendendo a mudança brusca da situação, também, mudou a táctica para despistar das capangas contradas pela dona B de B, que não a deixava enlaçar ao pescoço do Capitao do Amor, trocando de par ou indo à varando ou ao bar, frequentamente.

Noite adentro , antes da “ ORA DI BAI ”, o Salão ainda repleto de almas embriagadas de musica a partir o telhado e a bloquear as investidas dos pombinhos enamorados, e de luz de patromax a arder o palco e brilhando como o Sol ao meio-dia, AS, “SARIDJANDU ” e cantando ao ouvido de M, fora dos radares dos espiões pagos , rodando de um lado a outro como o Farol de “ Mor-Nego” , aproveitou uma das raras mornas para atirar uma rajada de beijo ao rosto rasado da meldade , de olhos mortos como “puta na gata“, a estremecer de medo de ser apanhada em flagrante delite para não ser condenada a 100 chibatadas e apedrajada na praça de namorados, no centro da cidade de Tarafe.

Depois desta ofensiva (investida) impopular, o estrangeirado cumpriu à risca o ditado popular que diz que : "todo o cuidado é pouco" aos binóculos de Natão, o eterno e terrível Cabo do Tapume , treinado nas MP da Republica de Camarada, pelo o então Comandante em Chefe de “ Barras de Saia “, o General de “ Baina Preto “ da ilha berço das mornas.

Taticamente retiraram da Linha de Frente, passando à Retaguarda (indo à varanda ou ao bar) com a missão de :

1- Reagrupar as Forças e Meios para organizar e consolidar a posição;

2- Registar os prováveis danos colaterais ;

3-Fazer a manutenção do equipamento bélico não convencional e reabastecer de comustiveis;

4- Contra-atacar à hora a indicar do dia D com todas as forças e meios disponíveis para atingir o objetivo final – Capitulação total e perpetua de MCM.

Apertado o cerco, chegaram ao consenso de fazer um recuo estratégico para o assalto final, à hora H, do dia D, longe das antenas dos espiões de Tarafes , na Cidade Capital da Republica Federada - Porto de Sal Rei !

Cabeça dos Tarafes, ilheu da Rapublica de Bubista, situado na provincia do Norte, a seguir a Fundo das Figueiras, mergulhada numa profunda crise de femeas, desde os anos 60, luta para salvar uma barra de saia desse fenómeno MIGRAÇÁO que vem condenando as meldades ao exílio forçado. Umas, por falta de recursos, saíram à procura de vida melhor no território nacional (Sal, SV e Praia); e outras, em busca do tesouro de ouro, partiram em massa para a terra longe (Portugal, Itália e França). MCM não resistiu a essa tentação de partir, tendo, mais tarde , aterrado a Republica do Sal, onde pariu a primeira cria (Kilu), antes de arrumar a mala com destino para Portugal, onde viria a ter mais duas cabritas (AN e AR), seguindo a tradição de Tarafes cantada pela Gaby Star de "Djalunga" : "mnininhas de tarafe kre so pari fema...".



Boa Vista, 27 de Junho de 1985 (revisto 2011)

Olisanto Nateliza