DINASTIA MATEUSIANA (DM)









29-
Na Ditadura Dimokratika
nô bai na boleia
d' ês grand magnata
do governo a meia
de demoveigata
17 de dezembro esperança
para todos em cabo-verde
no pico de liberdade
ventoinha na sucata fiança
ar fresco na terra libertada
da ditadura da maioria unificada
08DEZ95





26-EU SOU (IV)
//
a mão do soldado
a caneta do sr.cmdt
a veneração nateliza
a resistência pm
//
eu sou
o hino da imposição
o cântico da privação
o zubio da madrugada
o povo na lama
//
eu sou
o recordar bc
o aperto do cinto
o comunista convicto
//
Eu sou olisanto



23-INDICADOR
//
Alvorada a garantia
para apontar o indicador
ao mestre ditador
/
Sonhador que um dia
ofereceu favores
deu dissabores
/
Orquestra sem sintonia
com 95% de seguidores
bate nos “bastidores”
/
Líder de sonhos partidos
nas roças tropical
no namoro com portugal
/
Oliveira uma andorinha
a esquivar do caçador
um animal ventoinha
/
Santiago ilha maior
no meio de tanta dor
só resta este favor
/
Agravar a “alvorada”
na parada de adidos

07ago/out97

22-PURGATÓRIO

que derrubem acácias
e plantem tendentes
porque estou nas tintas
que desterrem os “sem terra”
e projetem os vedetas
porque estou na minha terra
que protegem os priminhos
e façam bazófias de mocinhos
porque estou de olhoinhos
que louvem os piores
e castiguem os melhores
porque estou de malas feitas
que cantem vitoria
e profanem justiça
porque estou nos “BASTIDORES”
que acabem com “alvorada”
e levantem tribuna apavorada
porque faltem a cartada
que lancem suspeita infundada
e busquem o bode expiatório
porque esperem o PURGATÓRIO

6DEZ97

21-MAJOROÇADA
//
da palhaçada escoltada
ergue o major roçada
um clube de caçada
na região de soltada
//
símbolo de ditadura
da dinastia de burra
que há 4 anos zurra
o hino de armadura
//
o barbudo passa a tesoura
ao kaka para a assinatura
de recondução de loura
//
soldados miam a tortura
de rebeldia de capitães
no refeitório de cães
//
no dormitório
retrato do drama
do emfa na lama
sepultado em parada
//
suor e sangue de tourada
na passadeira do auditório
o prenúncio de soltura

sal, 5 mai2009

20-PALHAÇADA
//
da palhaçada escoltada
ergue o major fachada
um clube de maldição
//
símbolo de ensombração
da dinastia roedora
que há 4 anos perdura
na república de melão
//
o barbudo passa a tesoura
ao cacá para assinatura
de censura do majoração
//
soldados não falam de amargura
nem os capitães de tortura
na romaria de cifrão
//
no refeitório a refeição
servida em bidão
provoca indigestão
//
no dormitório a cama
a imagem do drama
sepultada em parada
//
no colchão de virada
o emfa da uma carrada
de suor e sangue de brigada

sal,14jul99

19-COKTEL DE DESFOORA

o braço de ferro na sombra
do emfa mandou e desmandou
até que o M-25 mudou
o rumo do profanador cobra
o emfa adormecido atirou
em boa hora uma celebridade
para serenar a tempestade
o rebanho aos berros cabreiro
de alegria encurralou no celeiro
para um cocktail de desforra
grelhadas de panfletos
salada de mulheradas de afetos
torresmos de cigarra
champanhe de erotismo
prato de favoritismo
festa rija para esquecer
capangas do recolher

sal18nov99OLISAN

18-TENHO MEDO V
das investidas rodriguerra
para derrubar o capitão
aos olhos do barbudo
/
Tenho medo
se a voz do capitão
não vai atingir a nação
para libertar a região
das torturas matuesiana
/
Tenho medo
da carrada ao chão
nas vistas do chefão
por faltar um colchão
/
Tenho medo
do barco à deriva
dos marinos em despedida
do causador das desgraças
/
Tenho medo
quando alguém de direito
não quer ver o desmando
que fora esses 4 duros anos
/
Tenho medo
se não vomitar este drama
que botou na lama
os camaradas do M-25

Sal16jan00lisan

17-PONTO FINAL
/
O camaleão
fugiu como um cão
/
De joelho ao chão
sem lavar a face
passou a traspasse
ao barra de aço
/
Mas o portista
a passo de revista
desfilou o braço
com espírito de missão
/
Na origem o capitão
dessa movimentação
que levou para capital
o menino do pai natal
/
Ponto final
Depois de tantos anos
um dedo no ânus

SaL,08DEZ99

16-COMANDANCIA
//
Sr.Comandante cuidado
Com ou sem o seu perdão
Nós e a nossa região
Não tememos o mal+dado
//
Na gaveta do seu gabinete
Continuamos a canivete
Mas o grande deus
È superior ao s.mateus
//
A iluminar a grande casa
Dos promissores de estrelas
O M-25 de vela acesa
Denuncia as mazelas
Ventoinha de reticência
//
A bandeira de democracia
Na parada de cidadania
Tambarina o novo ar
//
Nhonho a derramar
A filosofia de terror
Na cova do ditador
///
09nov95/25F2011







12-COMPANHIA O MAIOR II
//
Leva ao peito
a bravura dos soldados
que gritaram liberdade
na hora da verdade
//
Bem-vindo à região
a branca bandeira
bandeira da paz
a guerra para trás
sal,31nov99

11-COMPAMNHIA O MAIOR
//
Leva ao peito
a bravura dos soldados
que gritaram liberdade
na hora da verdade
//
Bem-vindo à região
a dupla “revelação
//
Na mira reconciliação
com o M-25 do capitão

10-PARAQUEDAS

Sr raa devagar devagarinho

O porto num instantinho
Quem avisa amigo mocinho
O bailado seu padrinho
Comigo no bastidor juntinho
De pára-quedas caiu
Obrigado ao M-25 que permitiu
A sua entrada nesse negocio
De olhos está o capitão
A espiar o seu oficio
De alimentar o vicio
O que faz o barbudão
Pergunta-se a corporação

Sal,200401aso

9-FRUTINHA I
/
frutinha de cião
de balão na mão
chouriço no fogão
//
maskando cubano
ao ritmo mundano
esgrima o puritano
com ovos de tirana
guitarra mundana
//
na “ondas na noite”
na rebeldia do coito
vírus de democracia
fisga o mato de vénus
nas ilhas de tutacracia
no pupilo do anus

sal o1 o2 91 aso

8-RECADO DE URGENCIA
/
é urgente moralizar o bem comum
construir palavras,
liberdade, justiça e paz
/
é urgente encontrar fraternidade
multiplicar camaradagem, solidariedade
/
é urgente criar o bem-estar
prato, lençol, colchão, cama,
muito mais,
refeitório, dormitório, balneário
/
é urgente amortizar as vítimas
da dinastia matuesana
/
é urgente resolver a crise
da liderança dos generalatos
/
é urgente inventar pessoa certa
para o lugar certo- homens ferro
/
é urgente reflectir as FAR(P)
é urgente aceitar este recado
/
sal,25abr00

7-INFANTE E BDAA
infante e bdaa unidos
bradaram fora “machão”
/
Sempre bem-vindos
à nossa região
militares da liberdade
/
infante e bdaa merecem o respeito
à altura dos seus soldados
/
Sem medo tragam ao peito
a bravura de séculos passados
à conquista da dignidade
/
infante e bdaa na vanguarda
defendem a nação
de interesses privados
/
A bandeira do capitão
deslumbra as cores de farda
do M-25 em marcha pela justiça
/
infante e bdaa o maior
bateram no major
libertando do pior
os bastidores de mudança
//
sal,13jul/06ago99OLISAN

6-DENUNCIA
esta é uma vacaria
da loucura da vaquinha
chegada de Inglaterra
esta é uma burraria
da brandura de miquinha
que deixou-a nesta terra
esta é uma selvajaria
da frescura de bestinha
que condena e enterra
esta é uma purrinha
da ditadura de bravinha
que vem lá de serra
esta é uma gritaria
da ternura orquestrinha
que ostenta a guerra
esta é uma bicharia
da postura ventoinha
que sonha na atmosfera
esta é uma dinastia
de capitães e majores
que assaltaram bastidores
esta é uma denuncia
do soldado da independência
inconformado com arrogância
sal07ago97Olisan

5-TENHO MEDO (V)
/
das investidas rodriguerra
para derrubar o capitão
aos olhos do barbudo
/
Tenho medo
se a voz do capitão
não atingir a nação
para libertar a região
das torturas matuesiana
/
Tenho medo
da carrada ao chão
nas vistas do chefão
por faltar um colchão
/
Tenho medo
do barco à deriva
dos marinos em despedida
do causador das desgraças
/
Tenho medo
quando alguém de direito
não quer ver o desmando
que fora esses 4 duros anos
/
Tenho medo
se não vomitar este drama
que botou na lama
os camaradas do M-25
Sal16jan00lisan

4-TENHO MEDO (IV)
Tenho medo
do FP porreiro
e do FT grosseiro
/
Tenho medo
dos projectos judeu
que caíram do Céu
/
Tenho medo
do espião computador
a subornar o taxador
/
Tenho medo
dos militares do sim
no inquérito sem fim
/
Tenho medo
do louvor de rifa
e da colocação patifa
/
Tenho medo
do casamento CR
com o “bem-vindo” AC
/
Tenho medo
da segurança comprometida
com a menorada corrompida
/
Tenho medo
de poluição sonora
no clube de nora
/
Tenho medo
quando o filho do pai
assina C sem um ai
/
Tenho medo
do divorcio do generalato
com o soldado de nato
/
Tenho medo
de deixar a casa desarrumada
na minha retirada da armada
/
Tenho medo
do que me aguarda
com mais esta cartada
/
25gos97OLISAN

3-TENHO MEDO (III)
/
Tenho medo
do boate encerrado
a mando do majoroçada
/
Tenho medo
das suspeitas lançadas
às pessoas atraiçoadas
/
Tenho medo
da confusão implantada
no meu bairro engarrafado
/
Tenho medo
das reuniões de bofetadas
nas formaturas de touradas
/
Tenho medo
da caçada de luxa
no curral de bruxa
/
Tenho medo
da gerência galinha
no clube de tabelinha
/
Tenho medo
de pisar um pato
ao limpar o sapato
/
Tenho medo
do silencio institucional
que mereceu o meu postal
/
Tenho medo
de envenenar um rato
na tribuna de kobadura
/
Tenho medo
de judi digital
na tinta virtual
/
Tenho medo
da luta pela romaria
da orquestra sem sintonia
/
Tenho medo
da investida do patrão
para defraudar o brasão
/
Tenho medo
do vencimento abençoado
com o sangue derramado
/
Tenho medo
do jogo de cirurgia
mascarado de violência
/
Tenho medo
do murro de fraqueza
na mesa de reza
/
Tenho medo
se a minha esperteza
vai levar-me à fortaleza
Sal, Olisanto

2-TENHO MEDO (II)
de faltar a formatura
e ouvir descompostura
Tenho medo
do meu patriotismo
de autoritarismo
Tenho medo
do louvor de tirania
aos soldados de ironia
Tenho medo
de continuar a canivete
na gaveta do teu gabinete
Tenho medo
de tua filosofia
minha velha mania
Tenho medo
se não vai a “alvorada”
levar uma temporada
Tenho medo
do panfletário
sem o proprietário
Tenho medo
do bem e do mal
naltura do carnaval
Tenho medo
deste quartel
cheio de pastel
Tenho medo
do 15 de janeiro
sem o tarimbeiro
Tenho medo
do partido único
e da maioria única
Tenho medo
de não ter o perdão
do meu chefão
Tenho medo
da minha região
sem reconciliação
Sal,29dez95Olisan

1-TENHO MEDO (I)
Tenho medo
do presente tão duro
mas receio o futuro
/
Tenho medo
de falar do passado
e ser ultrapassado
/
Tenho medo
do tiro de corrupção
a minar a nação
/
Tenho medo
do rumo dado a cabo- verde
vai levar-nos ao poço verde
/
Tenho medo
de ser visto em parada
para ficar camarada
/
Tenho medo
de dizer a verdade
para ter a liberdade
/
Tenho medo
de perder o trabalho
por ser pai de filho
/
Tenho medo
de romper o noivado
e continuar apaixonado
/
Tenho medo
de viver a vida
por causa da sida
/
Tenho medo
de sair de regra
e ofender a pedra
/
Tenho medo
do vencimento que recebo
e do sofrimento do z povinho
/
Tenho medo
de levar o segredo
ao meu degredo
//
Tenho medo
de ficar condenado
por bradar o meu MEDO
/
12dez95-fortaleza