O cego Solkar Marujo, o saco vazio de Monte Cara, todo de
branco a emitar Miguel Spense, o
peixe fora d`agua, à porta da igreja N/S da Paz, pelo cheiro a trigo, descobriu
o pão, que o mendigo Salvador Barriga de Vento tinha escondido num dos
canteiros do jardim da pracinha d`Igreja, pra se juntar ao pelotão de pão&fonema
e receber uns centavos da mindelista Etelniva que, de 15 em 15 dias,
aparecia em frente do pelotão, com um saquinho de pano de terra, comprado na
lojas ambientalitas de Morada, cheio de moedas de 10 cifrões, para ofertar os
soldados da rua, em troca de benções divinas e perdão dos pequenos prazeres da FAMILIAMAISVIDA.
O cego, “sen djobé pa ladu”, poetizou o pão doce de fibra, estalando a boca, enquanto
escrevinhava um Poema-MEMORANDO DE PAZ com os Ulisses Pixotas que não querem ver
os condenados hérois do mar nas artérias da cidade, a metigar a fome nos
contentores subterraneos dos hoteis do
adultério de ALFASMARIAS.
Um exercício de fim do curso de CRIAÇÃO LITERÁRIA, no
ambito de MORABEZA FESTA DO LIVRO, ministrada pla professora FILIPA MELO (autora de vários
livros), de autoria
de Olisanto!
Mindelo, Cidade de Utopia, São Vicente, 25 de outubro de 2018,
Antonio Santiago Oliveira-OlisantoOLISANTO NATELIZA