sexta-feira, 26 de outubro de 2018

CEGO SOLKAR MARUJO

CRIAÇÃO LITERÁRIA DO VAZIO
o peixe fora de àgua

O cego Solkar Marujo, o soco vazio de Monte Cara, todo de branco a emitar Miguel Spense, o peixe fora d`agua, à porta da igreja N/S da Paz, pelo cheiro a trigo, descobriu o pão, que o mendigo Salvador Barriga de Vento tinha escondido num dos canteiros do jardim da pracinha d`Igreja, pra se juntar ao pelotão de pão&fonema e receber uns centavos da mindelista Etelniva que, de 15 em 15 dias, aparecia em frente do pelotão, com um saquinho de pano de terra, comprado na lojas ambientalitas de Morada, cheio de moedas de 10 cifrões, para ofertar os soldados da rua, em troca de benções divinas e perdão dos pequenos prazeres da FAMILIAMAISVIDA.
O cego, “sen djobé pa ladu”, poetizou o pão doce de fibra, estalando a boca, enquanto escrevinhava um Poema-MEMORANDO DE PAZ  com os Ulisses Pixotas que não querem ver os condenados hérois do mar nas artérias da cidade, a metigar a fome nos contentores subterraneos  dos hoteis do adultério de ALFASMARIAS.
Um exercício de fim do curso de CRIAÇÃO LITERÁRIA, no ambito de MORABEZA FESTA DO LIVRO, ministrada pla professora FILIPA MELO (autora de vários livros), de autoria de Olisanto!

Mindelo, Cidade de Utopia, São Vicente, 25 de outubro de 2018,
Antonio Santiago Oliveira-Olisanto



OLISANTO NATELIZA

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