domingo, 15 de novembro de 2020

VIDA SEM PONTUAÇÃO DO CAPITÃO D' AREIA ( 22V)




VIDA SEM PONTUAÇÃO DO CAPITÃO D' AREIA

No meu casebre de pedra e barro rebocado e caiado de cal de forrinho coberto de “padjona” de Oga Doce morada de goia a goia e barneka ja extinguidos da NATUREZA fiz HOMEM maduro com letra maiúscula estendido ao chão ou à “malona mirkone” coberto de saco de serapilheira cinza sonhei ser um dia amado mas tudo não passou de um sonho profanado que tão cedo desertou desencantado em outra geografia deixando-me desamparado no deserto de Viana a entreter com o meu rebanho de cabras comendo areia mas não deixei de sonhar mesmo sabendo que estou proibido de sonhar o meu fado enfadado da minha primitiva barraca de rua de “Kabok” doado ao papai Serapião Antonio Oliveira pelo meu avô Herculano Nazário Oliveira de nominho Pina apelido de mãe ou Kalinu ou Nhar Kuline carinhosamente chamado pelos familiares e amigos em reconhecimento à sua sabedoria veterinária no tratamento de animais da republica de Bubista na época 

Hoje pouco me interessa ter três por dia no vagão de chapa de BFA na republica de Salandia sem o sabor de Padre Barela nem de luxaria de Bomsossego dos RBS que amortizara' os reveses de oliveira do século passado enterrados no Bonk d Jonkston nas dunas de areia branca boa-vistense com dias contadas

NATELIZA do meu sonho aérea dá-me forças para continuar a sonhar só sonhando liberto-me dos infortúnios de vida sem terra que me batizaram de “kabrer de Rakeje” feito na cabana de vizinhança do Rego com toda pobreza maternal mas cheio de amor espiritual de minha “BEMDRASTA” Marfrabia bandeirada de bubistiana antes de contaminação dos “estrangeirados” do arquipélago que aportaram a ilha (des)afortunada após abertura ao terrorismo de venda de terra por parte dos poderes públicos de lacaios e alcaios 

No meu palácio de zinco já não tenho o conforto de Regala mais concretamente rua de João Carlos falta-me a alegria do meu sonho de Madeiralzinho e graças a ELIZA ainda sonho na reconciliação de França e Portugal dois países de acolhimento dos nossos hermanos sem pátria asilados no chamado “primeiro mundo” na hierarquia dos mundos de radicalização de cruzada islâmica em nome de demortecrecia sanguinária sarkobamaron   


Na noite de insónia passada ancorado na Meia-lua esperando o adeus de bruma seca entretendo com a descriminação de acentuação Relvas voltei a sonhar na minha POESIA de BFA entrincheirada no cume do Morrinho de Carvão a vigiar duas das ILHAS do arquipélago OLISANTO aguardando o meu regresso para retomar a serenata de natelização de família Olisanto ao  som de melodia arranhada na minha guitarra clássica made in Espanha que custou uns zéfiros de cifrões exibindo os ensinamentos de Eddi Max de Escola Municipal de Musica de São Vicente que tem como patrão o Maestro Jorge Alves dos Reis

“Eu sou como sou” tudo ou nada São Vicente São Nicolau Boa Vista e Sal sempre no meu CAMINHO SEM PONTUAÇÃO nas Relvas de José Maria e que como todo o humano tenho um sonho ser feliz com nada neste planeta de loucos varridos

Meia-lua, 09/01/2015

*Nova versão de “SONHO ACORDADO” de 17jul95 olisanto




OLISANTO NATELIZA

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