domingo, 15 de novembro de 2020

CEGO SOLKAR (9V)


CEGO SOLKAR

CRIAÇÃO LITERÁRIA NO VAZIO
o peixe fora de àgua
O cego Solkar Marujo, peixe fora d'agua, o soco vazio de Monte Cara, morador de rua de Praia, vestido de branco emitando Miguel Spense, à porta da igreja N/S da Paz, a espreitar uma vaga pra assaltar um santo, pelo cheiro a trigo, descobriu o pão, que o mendigo Salvador Barriga de Vento tinha escondido num dos canteiros do jardim da pracinha d`Igreja, pra se juntar ao pelotão de pão&fonema e receber uns centavos da mindelista Etelniva que, de 15 em 15 dias, aparecia à frente do pelotão, com um saquinho de pano de terra, comprado numa das lojas ambientalitas de Morada, cheio de moedas de 10 cifrões, para oferendar os soldados da rua, em troca de benções divinas e perdão pelos pequenos prazeres da FAMILIAMAISVIDA.
O cego, “sen djobé pa ladu”, poetizou o pão doce de fibra,  estalando a boca, enquanto escrevinhava um Poema-MEMORANDO DE PAZ  com os Ulisses Pixotas que não querem ver os condenados hérois do mar nas artérias da cidade, a metigar a fome nos contentores subterraneos  dos hoteis do adultério de ALFASMARIAS.
CRIAÇÃO LITERÁRIA, um exercicio de fim de curso, no ambito de MORABEZA FESTA DO LIVRO, ministrada pla professora FILIPA MELO (autora de vários livros), de autoria de Olisanto!
Mindelo, Cidade de Utopia, São Vicente, 25 de outubro de 2018,
Antonio Santiago Oliveira-Olisanto







OLISANTO NATELIZA

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